Flávio Eduardo Maroja Ribeiro (Fuba ou  Mestre Fuba) é engenheiro das artes, músico, compositor, escritor,  autor, poeta e produtor cultural, e ainda um dos fundadores das  Muriçocas do Miramar 
Mestre Fuba é um dos fundadores  das Muriçocas do Miramar e do Projeto Folia de Rua. Como produtor  cultural, produziu vários artistas e implantou o Projeto Seis e Meia na  Paraíba. Fuba também é político e publicitário e deixa aqui sua mensagem de festas à todos os paraibanos, confira:
"Toda    vez que se aproxima o Natal e o Réveillon, existe no inconsciente    coletivo a necessidade de se fazer uma auto-análise de tudo que se    praticou durante o ano. Parece até que todo mundo quer prestar contas de    suas ações e emoções, tentando ao mesmo tempo corrigir erros e    programar acertos na esperança do ano que se inicia. É comum se ouvir    das pessoas que neste ano vai parar de fumar, mudar de trabalho, viajar e    até alterar radicalmente os costumes e o modo de viver. É como se a    vida zerasse para um novo ciclo. 
   Fazer    planos e construir sonhos fazem parte da rotina das pessoas todo  final   do ano, porém, o balanço do que foi feito ou se deixou de fazer,  às   vezes acaba se tornando um fardo pesado de carregar, já que tudo  volta   ao normal na semana seguinte.
    Quando   eu era criança, por exemplo, pensei que todo mundo fosse, de  fato,   filho de Papai Noel. Em um planeta cheio de ilusões, as crianças  também   vivem a fantasia da perfeição. É verdade que Jesus nasceu para  todos,   mas esqueceram de avisar que todos são iguais perante a vida e  a Ele. A   falsidade que impera nesta época do ano transformou o  nascimento de   Cristo numa festa mercantilista onde a troca de  presentes é quase uma   obrigatoriedade. Vocês sabiam, por exemplo, que a  cor original do Papai   Noel era verde?  Pois é! O bom velhinho mudou  de cor em   1931 exatamente depois de uma campanha da Coca-Cola na  intenção de   vender a maior e mais famosa fórmula de refrigerantes do  mundo. Tudo uma   ilusão!
    Mesmo   sabendo que o mundo está cada vez mais capitalista e que a  índole das   pessoas não muda assim tão facilmente, a reflexão maior  está no exame   proveniente da própria consciência. Cada vez mais a  humanidade se   distancia do equilíbrio espiritual para valorizar o  material. A força do   Poder provoca conflitos, guerras e injustiças  sociais. O mundo tem   perdido valores fundamentais para nossa evolução.  A vida não é   simplesmente respirar o oxigênio, bater pestanas e ficar  piscando como   se fosse uma Árvore de Natal. É necessário, se preciso  for, se humilhar   para aprender os ensinamentos divinos. Ter fé e  gratidão por se estar   vivo e até fazer do sofrimento e das  dificuldades um eterno aprendizado.
    O   balanço do certo e do errado parece aguçar numa freqüência bem  maior   nessa época do ano e o espírito natalino consegue transformar as  pessoas   numa realidade inexistente. É comum ver pessoas se  solidarizando com   outras que não conhece ou nunca viu na vida. Existe  no ar um espírito de   confraternização, perdão, amizade e solidariedade  onde se prega a paz,  o  amor, saúde e prosperidade para todos.  Infelizmente essa troca é   temporária e sem maiores compromissos. Após a  primeira semana de janeiro   tudo volta ao normal e o que era alegria e  solidariedade transforma-se   em vaidade, inveja e disputa.  Infelizmente essa é a verdade!
    Seria   tão bom se todo dia permanecesse na cabeça da humanidade o  espírito   natalino e a ajuda mútua pudesse ser uma prática do  cotidiano. Não tenho   dúvidas que o mundo seria outro e em vez de  desejarmos um Feliz Natal e   Próspero Ano Novo, certamente desejaríamos  um Feliz Todos os Dias do   Ano, com respeito, alegria e amor." 
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