
"Eu devia estar morto, sete palmos debaixo da terra num caixão de
madeira", disse ele. "Eu devia ter contraído HIV nos anos 1980 e morrido
nos 1990, assim como (o vocalista do Queen) Freddie Mercury, como (o
ator) Rock Hudson. Todo dia me pergunto, 'como sobrevivi?'."
O cantor britânico confessou que sua vida era uma "bagunça", estava "no
fundo do poço" e por pouco não morreu. Disse, no entanto, ter tido
sorte: contou que está sóbrio há 22 anos e que foi resgatado do vício
pela família e pessoas que se importavam com ele.
Realizada nos EUA pela primeira vez desde 1990, a Conferência
Internacional sobre a Aids reúne a cada dois anos os maiores
especialistas do mundo sobre a doença.
Em seu pronunciamento, Elton John – que lidera esta semana a parada
britânica pela primeira vez em 22 anos – também condenou a discriminação
que existe ainda hoje contra os homossexuais. Segundo ele, a vergonha e
o estigma estão "matando as pessoas em todo o mundo agora mesmo".
"Há algumas pessoas que olham os doentes e buscam razões para
culpá-las", afirmou. "Precisamos é de mais amor para os que estão
vivos."
Com IG