O cantor revela que se arrepende de ter feito comercial de cuecas
       
      
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Com os pés fincados no interior e o coração romântico de sempre, Daniel
 agora quer fazer a cabeça do público pop. José Daniel Camillo completa 
45 anos de vida nesta segunda-feira (9) e, ainda de quebra, 30 de 
carreira. No fim deste mês, lança um DVD comemorativo, gravado em São 
Paulo, com show teatral em que atores e dançarinos dividem o palco com o
 cantor, interpretando momentos de sua existência.
Dia 3 de outubro volta à cadeira de jurado do The Voice Brasil, na 
Globo, para a segunda temporada do reality musical. Não para por aí: 
para 2014, estão planejados uma biografia e um documentário contando 
detalhes da trajetória do artista nascido em Brotas, cidade do interior 
paulista. E mais: um retorno às novelas.
“A novela Paraíso (2009) me deu a oportunidade de reencontrar o mundo 
do sertão, que me fascina desde garoto. Quando criança, tive contato com
 boiada, cavalo, fruta colhida no pé...no começo dos trabalhos, confesso
 que fiquei meio apreensivo. Ficava muito tempo esperando para gravar e 
pensando: 'podia estar fazendo tanta coisa agora...'. Mas depois 
engrenou, e me apaixonei. Benedito (Ruy Barbosa, autor) me ligou fazendo
 o convite para viver um cantor (na novel Pedacinho De Chão, que entrará
 no lugar de Jóia Rara em 2014). Não sei muitos detalhes ainda", disse 
ele em entrevista ao jornal Extra.
As visitas de Daniel ao Rio, portanto, prometem ficar cada vez mais frequentes.
"Amo essa cidade! O visual daqui é impressionante. Nem o engarrafamento
 me incomoda. Também me considero um Menino do Rio...minhas raízes são 
fortes, não me desligo da minha terra natal. A energia do lugar, a 
família, as amizades...também me fascina essa coisa da cidade grande que
 funciona 24 horas por dia. Tenho um apartamento em São Paulo, mas não 
trocaria a vida que levo em Brotas pela agitação da capital. Ao mesmo 
tempo, acho que não conseguiria viver só na roça. No fim das contas, 
acho que é o equilíbrio que me faz bem”, destaca ele ao jornal. 
Daniel comentou ainda as críticas à sua interpretação no tema de 
abertura da novela Amor à Vida, exibida no horário nobre da Globo.
“Há pouco tempo, fui criticado por causa da minha versão para Maravida,
 de Gonzaguinha, gravada para a abertura de Amor à Vida. Disseram que eu
 estou gritando demais na música. Poxa, é minha interpretação! O fato é 
que sou acessível às críticas, todo artista tem que ser. Embora eu ache 
que se fosse uma Maria Bethânia cantando, encarariam de forma 
diferente".
Sozinho na carreira desde a morte do parceiro, João Paulo, num acidente, Daniel revelou que pensou diversas vezes em desistir.
“É complicado se reinventar, se manter vivo, aceso, depois de tantos 
anos na estrada. Acho que só não parei porque não encontrei outra coisa 
para fazer, efetivamente. Sonho muito com ele. É claro que eu seria bem 
mais feliz se ele ainda estivesse vivo. Mas, de repente, nem seríamos 
mais uma dupla. Foi um ciclo da vida. Ele me abriu portas, foi o mentor 
dessa história também”.
Com sua assinatura em produtos como óculos, chapéu, violão, vinho, Daniel comentou o criticado comercial de uma marca de cuecas.
"Fiquei exposto, virei motivo de piada. Disseram que eu só estava 
querendo aparecer, o que não é verdade. Eu me arrependi, nesse ponto. 
Não precisava ter passado por isso. Volta e meia, parava o carro em 
plena São Paulo e me via de cueca, naquela foto enorme na traseira do 
ônibus. Pra quê, né?”.
E ainda comentou os boatos em torno de sua sexualidade.
“O povo é criativo... Os boatos de que 
eu era gay surgiram numa época em que não expunha meu relacionamento. 
Mas nunca rebati. Primeiro, porque não tenho preconceito. Depois, porque
 não o sou, minha opção sempre foi mulher. Quem sofreu muito com esses 
comentários foi minha família, que é conservadora e recebia as notícias 
atravessadas. A mim, pessoalmente, não magoaram”, afirmou.
O Fuxico
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