Em
show de lançamento do álbum Cantigas de Roda, realizado em São Paulo na
última quarta-feira (13), os integrantes dos Raimundos vibraram com a
resposta do público e se disseram realizados com a nova fase da banda. O
grupo falou ainda sobre a perda dos companheiros de estilo musical
Chorão e Champignon, do Charlie Brown Jr., e afirmou que morte da dupla
foi um “duro golpe” para o rock nacional.
Quanto à faixa etária dos atuais fãs, os músicos dizem que tem de tudo.
“É muito louco. A gente vê pai levar filho no show e todo mundo cantar
junto”, afirmou Marquim. “A gente tocou semana passada no Rio e tinha
um senhor de cabelos brancos dizendo que pulou como nunca havia pulado
na vida. Do lado dele, o filho, um menino de 10 anos dizendo que foi
'demais'. Coisa mais estranha...”, contou o guitarrista aos risos.
“Acho que conseguimos atingir a nova geração e, ao mesmo tempo, resgatar
a antiga”, afirmou Digão. “O grupo tinha uma cara, agora tem outra, mas
a galera está vendo que é uma cara bacana”, completou. O vocalista
acrescentou que a banda está muito feliz com a atual fase e que seguirá
na ativa porque gosta do que faz. Sobre o limite de tempo de carreira, o
vocalista garante que irão “até onde der”. “Vamos bater o recorde do
Mick Jagger”, brincou.
Ao serem questionados sobre o que representou para eles a morte de
Chorão e de Champignon, os semblantes mudaram imediatamente. “É como
perder um membro da família”, definiu Canisso. “Esses caras são nossos
contemporâneos, é um duro golpe no estilo e não vai ter quem tome o
lugar deles”, completou. “A única vantagem é que a banda lá do outro
lado está cada vez melhor”, encerrou o baixista.